Viva a Mãe de Deus e nossa, orientações do Documento de Aparecida
“11.
A Igreja é chamada a repensar
profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas
circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se àqueles que
trazem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade
e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões
irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do
Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário
com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende de
grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem
essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu
reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja se
reconhecer com a luz e a força do Espírito.
12.
Uma fé católica reduzida a conhecimento, a um elenco de algumas normas e de
proibições, a práticas de devoção fragmentadas, a adesões seletivas e parciais
das verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à
repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não
convertem a vida dos batizados, não resistiria aos embates do tempo. Nossa
maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja na qual,
aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se
desgastando e degenerando em mesquinhez”. A todos nos toca “recomeçar a partir
de Cristo”, reconhecendo que “não se começa a ser cristão por uma decisão ética
ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa,
que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva”.
Documento de Aparecida
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