Relembrando a Reforma: Do Conflito à Comunhão


Em 31 de Outubro de 1517 o monge alemão Martinho Lutero publicou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, com um convite aberto a um debate teológico sobre elas. Agora em 2014, o tão pedido diálogo teológico completa cinquenta anos enquanto nos aproximamos do 5º centenário da Reforma Protestante. 

Felicitamos nossos irmãos nesta data, não a partir de conotações triunfalistas ou particularistas, mas em espírito ecumênico e pela contribuição que a Igreja “semper reformanda” pode proporcionar não a uma parte, mas ao conjunto dos cristãos, pois o protestantismo sempre promoveu uma espiritualidade capaz de enfrentar com um espírito de liberdade de consciência as questões cruciais da atualidade.

Devemos trabalhar para que as confissões cristãs, apesar das “divisões e opressões”, saibam estar próximas uma da outra, sobretudo nos momentos de sofrimento e dor, pois no caminho com Jesus Cristo, nós cristãos somos chamados pelo Apóstolo Paulo a não ficarmos cada um de um lado, mas juntos.

Relembrar a Reforma nos faz ver que a igreja deve ser necessariamente um “canteiro aberto de forma perene”, não podendo limitar-se a repetir eternamente as formas de se expressar que eram compreensíveis por uma determinada sociedade. Melhor que isso, deve redescobrir sempre aquilo que verdadeiramente é essencial no Evangelho: a consciência dos nossos limites radicais, a feliz descoberta que Jesus Cristo nos salvou.


Por Lucas Paiva

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