JÓ E A TEOLOGIA DO SOFRIMENTO





Jó e a teologia do sofrimento


Por diversas vezes temos o sofrimento com um fardo muito pesado sobre nos, que nunca murmurou contra aquilo que acreditava, pois não se julgava capaz de suportar o sofrimento vivido? Certamente, todos ou quase todos. O sofrimento e antes de tudo parte da vida do homem, o que seria dos momentos bons se não houve os ruins para nos lembramos e servir como paradigma?

Santa Terezinha do Menino Jesus em um de seus escritos assim diz sobre o sofrimento: “Bem ao contrário de me lamentar, alegro-me porque o Bom Deus me permite sofrer ainda mais por seu amor”.

O Sofrimento figura tão presente no antigo testamento, como forma de alcançar a Deus, o povo que anda no deserto em busca da terra prometida, os profetas que clamam a Deus que mande o Salvador para aliviar o sofrimento do seu povo, o profeta que se eleva para fortalecer o povo na espera da Jerusalém Celeste, as guerras e exílios sofridos pelo povo escolhido e tantos outros momentos que especialmente aqui destacamos Jó.

Jó, homem que possuía tudo em sua vida e em especial possuía a fé em Deus, certo dia viu sua vida se desfazer como vela que se consome ante ao fogo, perdeu tudo, de seus bens aos seus filhos. Mas por estar firme na fé em Deus alcançou tudo em sua vida.

O sermão das bem-aventuranças certamente é a resposta para nossas inquietações, Jesus assim nos consola e encoraja: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; o reino dos céus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”. Mateus 5:4-10-12

Por fim, pensamos sobre o que o sábio Jó nos diz: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade". (Jó 7,1-4.6-7)

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